Visitando Bree...
Mais um dia de viagem e eu estaria em Bree, uma vila muito antiga, conhecida por ter sido a primeira morada dos meus antepassados, antes deles atravessarem o Rio Brandevin. Era tranqüila, mas um lugar ruim em dias de chuva. Por sorte consegui atravessar a Floresta Velha e as Colinas dos Túmulos ainda com o sol como companhia. Cheguei a Bree ao anoitecer, parecia tranqüila, isto é, parecia tranqüila antes de atravessar seus portões.
Na entrada encontrei alguns hobbits, eles saiam de carroça na direção leste, estavam voltando para o Condado, logo pensei que era um bom caminho para se fazer, mas não naquele momento. Entrei naquele pequeno povoado, não havia mudado muito desde a última vez que estive por lá, as mesmas casas, as mesmas pessoas e a mesma rua que levava para “O Pônei Saltitante”. Aquele sim era um bom lugar, tomar aquela maravilhosa cerveja, em um quartilho é claro, e ainda, dormir em quartos feitos para nós, era maravilhoso, parecia um pouco do condado longe das colinas do leste.
Não era mais o velho Cevado Carrapicho que estava no balcão, quem estava em seu lugar era seu neto Cercadinho, um homem alegre e que tentava manter as amizades de seu avô. Neste dia tomei cerveja com alguns hobbits, conversamos sobre assuntos corriqueiros e depois fui dormir. Tentei dormir, mas por fim acabei deixando meu quarto, sai para fumar um pouco e contemplar as belas estrelas do céu. Elas brilhavam e pareciam se comunicar. Sempre me perguntava se alguma delas eram guerreiros de outrora. Ouvia bastantes histórias do mundo, guerras entre homens e orcs, sobre os elfos, eu tentava imaginar a grandeza que estas histórias possuíam, mas no final sempre preferia os contos do Condado e suas poucas aventuras. A noite parecia mais longa, quando meu cachimbo se apagou, decidi voltar e tentar dormir. Deixaria Bree bem cedo, para ganhar tempo, pois era uma longa viagem, era um longo caminho a percorrer.
No outro dia, levantei muito cedo, desci pelas escadas da estalagem, e já havia arrumado minhas coisas, para que pudesse partir em breve. Iria em direção ao sul, pegando o caminho verde. Com tudo resolvido, decidi partir, logo que sai da do Pônei avistei um homem que dizia que estava indo para o sul, foi então que acabei escutando e perguntei a ele se podia lhe fazer companhia. Lembro-me muito bem desse dia, ele nem me olhou, apenas disse franzindo as sobrancelhas; “Sim, coloque suas coisas atrás da carroça e sente aqui ao meu lado”.
Continua...
Arthur Damaso
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Ah, eu não sabia que no Pônei, o Balur encontraria Cercadinho no lugar do Carrapicho.
ResponderExcluirAh... quando eu passar por Bree... vou tomar uma cervejinha tbm. haehua, brinc.
Eu gostei desse capítulo. Ainda bem que não tem nenhum espectro do Anel rondando por aí... hehe.
E esse homem? Indo pro Sul... fica esperto Balur!