domingo, 27 de setembro de 2009

As aventuras de Balur, o hobbit andarilho - Parte V


Entre as Colinas Dos Túmulos e a Floresta Velha...

Logo que subi na carroça, perguntei o nome daquele velho homem. Ele me respondera: “Me chamo Telárius, habitante da Floresta Velha, um errante dos ermos nessa época.” Não sabia que alguém tivesse coragem de morar lá, a não ser Tom Bombadil, mas eu nunca o tinha visto lá, mas as histórias eram contadas e lendas proferidas por viajantes e outros hobbits de colinas distantes. Mas ao meu lado estava uma pessoa que dizia morar lá, isso era respeitável, depois de saber disso fiquei tranqüilo, nem mesmo um exército de orcs amedrontaria aquele homem.

Fomos conversando enquanto pegávamos o caminho verde em direção ao sul. De acordo com Telárius, ele morava em uma pequena clareira entre as Colinas dos Túmulos e a Floresta Velha. Morar na Floresta Velha já era um problema, mas morar entre estes dois lugares era como pular no grande Brandevin, um suicídio.

A viagem estava bastante agradável, por algum motivo, Telárius tinha erva de fumo, aquela maravilhosa erva da Quarta-Sul, o velho Toby, até a fumaça era diferente, para ficar melhor, só faltava uma boa caneca de vinho da Dragão Verde, mas isso era pedir demais. Fomos conversando e a viagem se tornara tão breve, nem havia percebido que anoitecera. Eu não havia prestado atenção em uma coisa, teria que passar a noite na casa de Telárius, ele me convidara, não pude recusar.

Esta fora a noite mais longa de toda minha vida. Chegamos em uma casa feita de pedra, era muito antiga, mas aconchegante, possuía uma lareira pequena, havia um caldeirão para o preparo de refeições, mas o pior ainda estava por vir, olhei para uma única janela que havia, percebi que uma enorme coruja azul estava parada lá, me escondi atrás de Telárius. Ele riu muito, me lembro dele chamando o animal; “Narubb”... E depois me dizendo; “É apenas uma coruja, claro, não uma coruja qualquer, venha conhecê-la.”... Não estava disposto a aceitar o convite, mas comecei a olhar para ela, parecia inofensiva, era um animal realmente muito diferente, começando pelo tamanho e pela cor. Eu nem imaginava, mas em breve eu e Narubb teríamos algumas aventuras juntos.

Depois do susto, Telárius arrumou um lugar para que eu passasse a noite, somente alguns lençóis ao lado da lareira, não tinha o conforto da minha cama, mas não podia reclamar. O vento soprava um pouco forte naquela noite, alguns galhos insistiam em cair no teto, outros batendo na janela, eu começava a lembrar das lendas que me contavam quando era mais jovem, era como se o Velho Salgueiro Homem estivesse lá fora, esperando que eu saísse para fumar meu cachimbo, mas não seria fácil assim, permaneci bem quieto, esperando que o sol surgisse, levando a noite e meus medos embora.

Ao amanhecer olhei para os lados e percebi que Telárius não estava mais em sua cama, avistei somente Narubb, parada na janela, me observando. Levantei-me, mas procurei não ficar olhando muito pra ela, sai para ver se encontrava Telárius.

Algumas frutas na mesa me serviram de desjejum, o primeiro desjejum é claro. Depois disso acendi meu velho cachimbo e observei a floresta esperando que Telárius voltasse, isto é, se ele tivesse mesmo ido para algum lugar. O dia nascera belíssimo, partiria para uma viagem mais ao sul, sob o olhar de um magnífico dia.

Continua...

Arthur Damaso

2 comentários:

  1. hey... realy nice yur post...

    i'm a brazilian guy... and

    i liked so much your place.

    now, i follow you. nice?

    look my place...

    G.H

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  2. huaeh "o primeiro desjejum é claro." ;P
    Telárius... misterioso, mas Balur parece confiar nele, e parece ser destemido, mas eu não consigo confiar.. rs. Talvez eu esteja equivocada.
    Narubb, me lembrei de uma arara azul que tinha lá na Pousada das Araras... inclusive "parada na janela, me observando." .

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