terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Taverna do Bardo - Parte 3



O velho homem saiu da Taverna do Bardo atrás de Alrosth para perguntar mais coisas, mas não o encontrou lá fora. Voltou para a estalagem e subiu rapidamente as escadas em espiral, tropeçando no seu casaco de couro de elefante. Lá embaixo, o bardo novamente tocava seu bandolim, e os homens bebiam excessivamente.

O corredor era estreito, havia muitas portas, o velho entrou em um daqueles quartos. Havia espadas de vários tamanhos fixadas nas quatro paredes, e sacos espalhados pelo chão, cheios de frágeis e belíssimos objetos de marfim, o velho teve cuidado para não pisar em nenhum deles. Seu senhor estava na janela e se virou dizendo:

― Ousa me incomodar, Canopus, o que há?

― Meu senhor, o dos Múltiplos Nomes ― disse o velho, abaixando a cabeça em reverência. ― Um homem do leste o persegue! Seu nome é Alrosth, ele se referiu ao senhor como Rodd.

O dos Múltiplos Nomes se voltou novamente para a janela, preocupado. Sabia que o tal Alrosth devia ser bom em seguir pistas, não o havia percebido. Rodd foi o nome que usou quando estava nas Terras do Leste.

Alrosth vagava sem rumo por Bélidan, era tarde da noite e ainda havia movimento no centro da cidade, com pessoas vendendo peixes frescos, frutas, grãos, roupas, óleos, objetos e utensílios domésticos. Alrosth começava a se sentir cansado, e agora permaneceria na cidade, desconfiava que Rodd estava ali, principalmente depois da reação dos homens na Taverna do Bardo. Acomodou-se no final de uma alameda escura, sob uma pequena árvore que parecia sufocada na calçada de pedras, deitou-se no chão e fechou os olhos, atento caso alguém aparecesse.

― Esse ponto é meu, não quero nem saber! ― gritou um menininho mendigo, ao lado de Alrosth.

― Você dorme aqui? ― perguntou Alrosth.

― Desde sempre. ― disse o menino, limpando a sujeira em seu rosto.

Alrosth sentou-se do outro lado da árvore, e o menino se acomodou.

― Quer pão? ― perguntou o menino, segurando um saco. ― Coma, peguei de um anão distraído, que corria atrás de uma criatura estranha.

Alrosth fez um sinal com a cabeça de que não queria comer e perguntou:

― Ele estava com um elfo?

― Hm... sim, tinha um elfo correndo também. ― disse o menino, apreciando cada pedaço do pão.
Alrosth pensou por alguns minutos e dormiu ao lado do menino.

Continua...

Por Arthur, Alcy e Daniela

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