Um grande reencontro na Floresta de Fangorn...
É... a companhia de Nórgand durara pouco tempo. Estava novamente sozinho. Logo alcançaria a Floresta de Fangorn. Muitas histórias eu escutava daquela floresta, mas ela parecia ter mudado. Com a chegada da Quarta Era do Sol, muitos lugares que se viam nas sombras, ficaram inundados de luz e prosperidade.
Onde estaria Narubb? Era uma pergunta que rondava meus pensamentos. Depois de dois dias caminhando entre pedras e alguns arbustos, me vi na borda da floresta. Não era tão assustadora assim, mas era muito grande. Vários dias até que eu atravessasse toda a floresta. Se eu tivesse ido por dentro, não haveria estrada, poderia me perder, não valeria à pena tentar encurtar caminho.
Dei uma olhada para dentro da grande floresta, um vento frio saia de lá, era como o vento que anuncia o inverno, enquanto as folhas caem. Mas, já havia me decidido, tomaria o caminho mais longo, porém, mais seguro. Encostei-me em um velho teixo para descansar. O cansaço tomara conta de mim, então cai em sono profundo. Não durou muito meu descanso, foi quando percebi algo se aproximando, um barulho de asas batendo... Sim, era Narubb! Não poderia deixar de reconhecer uma coruja grande e azul.
Fiquei muito contente em revê-la. Muitos dias haviam se passado desde nosso ultimo encontro. Narubb parecia trazer alguma mensagem, com certeza era de Telárius. Resolvi por não abrir sua mensagem naquele momento, logo pensei... ”Não, melhor não, más notícias de novo.” Naquele momento, tudo parecia tão bom. Como Narubb havia me acordado, segui viagem, apenas para andar mais algumas léguas, antes do pôr-do-sol.
O sol já se escondia entre as montanhas, a floresta já estava bastante escura. Narubb havia saído voando, para ver como estavam aquelas terras. Adentrei alguns passos para dentro da floresta, encontrei uma pequena clareira. Lá, recolhi alguns gravetos e acendi uma pequena fogueira. Narubb logo retornou com uma pequena lebre, o bastante para mim, fiquei muito agradecido. Ela logo sumiu novamente, deve ter ido buscar algo para ela comer. Como estava com saudades de Narubb, antes do seu retorno, foram muitos dias comendo frutas, algumas folhagens, mas nada muito apetitoso, tempos ruins, devo ter emagrecido bastante nesta época. Nestas horas, sentia muita saudade de casa.
Lá, no alto das árvores, entre uma pequena abertura nas folhagens, eu pude ver o brilho das estrelas no céu, sentir o vento, ouvir o farfalhar das folhas... naquela noite me recordava da minha antiga vida, da tranqüilidade das colinas. Era um pensamento constante. ...Lembro quando eu subia na grande cerejeira, eu olhava as colinas distantes, muitas sumiam no horizonte, eu jamais desejei alcançá-las, mas lá estava eu, muito além de qualquer horizonte, muito além de qualquer colina.
Antes de dormir, resolvi abrir a mensagem de Telárius. O que eu achei que fosse uma decepção, uma má notícia, era na verdade uma belíssima poesia. Estava difícil para ler, pois estava muito escuro, aproximei a folha para perto da fogueira, mas foi uma péssima idéia. Quando me dei conta, o papel pegara fogo, perdi um pedaço da mensagem, mas uma bela poesia estava escrita. Jamais esquecerei tão belas palavras;
A Viagem para o horizonte
Jamais tema a solidão e a insegurança
Jamais chore pela lembrança.
Rios, planícies, montanhas
Não tema, quando as coisas parecerem estranhas.
Confie nas asas da bela coruja
Olhe sempre para o céu
Fique esperto caso ela fuja.
Tenho certeza que estás no caminho certo
Perto da floresta, longe do grande deserto.
Atravesse as grandes árvores,
Siga em frente
Com muita sorte, pode encontrar algum ent.
Sua viagem se aproxima do fim,
Mas não se esqueça de me visitar
Estou esperando com bolo e uma xícara de chá
Entregue minha carta, quando meu amigo encontrar...
Na parte queimada, outras palavras haviam sido escritas, mas as perdi em meio às chamas. Era como se Telárius adivinhasse onde eu estava e como estava me sentindo. Depois de ler, adormeci, e sob as raízes de uma grande árvore, me perdi entre sonhos.
Uma noite tranqüila, sob os olhares da floresta, e talvez, de algum ent. No outro dia, logo cedo, continuaria minha viagem, seguindo pela borda da floresta. Muitas léguas me separavam do fim de Fangorn, mas agora, Narubb estava comigo e as palavras de Telárius me indicavam o caminho a seguir.
Continua...
Arthur Damaso
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirerros de teclado inaceitáveis. rs
ResponderExcluirNão lembrava ou sabia que Narubb era azul. Você podia fazer uns desenhos, mestre. Use seu talento. :D
Ôh hobbitzinho distraído.
Arthur, eu gostei muito do poema. É bem divertido também. Claro que não é seu, é do Telárius. rs
Muito legal o blog... Encantador!!
ResponderExcluirParabéns!!
Oengus
http://www.valedomago.blogspot.com.br/