domingo, 16 de novembro de 2014

Menestréis - 17



O Brilho de Volta a Tílitris 

   Leviatã reuniu todos os povos e forças dos mares e oceanos. Era preciso lavar aquela grande ilha. Olívia e o Menestrel ficavam impressionados com a rapidez e o poder de Leviatã, soberano dos povos das águas. Um peixe gigante ajudou a recrutar e coordenou as operações que se seguiam, seu nome era Ceritã, e o Menestrel ouvira muitas de suas histórias, em que vários piratas tentavam o capturar, mas nunca conseguiam.

   Tudo aconteceu muito rápido, e em dois dias Leviatã havia reunido o grande exército das águas salgadas. Estavam prontos, cercando a ilha de Tílitris, agitados. Carangueijos tocavam músicas de guerra e todos estavam agressivos. Os siris tocaram os corais e as conchas, sinalizando o início da guerra.

   Ondas gigantes vinham muito rápido em direção à ilha, que estaria submersa em poucos minutos. Algo estava errado naquilo tudo para Olívia. Por que só agora? E como o menestrel teria convencido Leviatã a entrar nessa causa?

   O Alquimista logo então reuniu seu exército. Peixes que trabalharam como informantes disseram que os líderes eram uma jovem de Árane, e o menestrel, um fugitivo. O Alquimista então deu uma nova ordem ao seu exército. Rumariam para Árane.

   As águas de cristais subiram sobre Tílitris, e caíram como chuva. O mal foi lavado em instantes. Tudo aconteceu muito rápido, que não posso narrar à mesma velocidade. Após essa explosão de cristais sobre a cidade, os moradores saíram de seus covis, e saudaram o menestrel. O exército e o Alquimista não estavam ali. Certamente fugiram. Leviatã tomou a administração imediata da ilha. E todos tinham o direito de serem ouvidos agora e dizer o que quisessem.

   Olívia procurou o menestrel naquela grande festa. Ele estava acompanhando Leviatã, em um jogo de palavras e músicas com vários artistas. Para chegar até ele, Olívia teria que atravessar uma enorme avenida, foi caminhando com dificuldade. Esse era o momento de mencionar sobre Árane. Ela subiu no obelisco, e pediu atenção. Estava com as roupas esfarrapadas, e o menestrel silenciou a multidão para ela.

   - Vim de Árane para pedir ajuda. Nossa terra sobre com um ditador como vocês sofriam. Peço, por favor, ajuda.

   Leviatã se levantou de um banco dourado feito de conchas, que parecia uma montanha de jóias. – Olívia, as criaturas do mar não podem chegar à Árane. Você, caso queira, pode trazer os áranes para cá. A ilha é nossa, e de vocês. Mas nós nunca poderemos adentrar o Continente.


   Olívia continuou a falar, a implorar, mas a multidão também falava ao mesmo tempo, em opiniões contraditórias. E ninguém a compreendia.

~

Daniela Ortega

Nenhum comentário:

Postar um comentário