O Brilho de Volta a Tílitris
Leviatã reuniu todos os povos e forças dos
mares e oceanos. Era preciso lavar aquela grande ilha. Olívia e o Menestrel
ficavam impressionados com a rapidez e o poder de Leviatã, soberano dos povos
das águas. Um peixe gigante ajudou a recrutar e coordenou as operações que se
seguiam, seu nome era Ceritã, e o Menestrel ouvira muitas de suas histórias, em
que vários piratas tentavam o capturar, mas nunca conseguiam.
Tudo aconteceu muito rápido, e em dois
dias Leviatã havia reunido o grande exército das águas salgadas. Estavam
prontos, cercando a ilha de Tílitris, agitados. Carangueijos tocavam músicas de
guerra e todos estavam agressivos. Os siris tocaram os corais e as conchas,
sinalizando o início da guerra.
Ondas gigantes vinham muito rápido em
direção à ilha, que estaria submersa em poucos minutos. Algo estava errado
naquilo tudo para Olívia. Por que só agora? E como o menestrel teria convencido
Leviatã a entrar nessa causa ?
O Alquimista logo então reuniu seu
exército. Peixes que trabalharam como informantes disseram que os líderes eram
uma jovem de Árane, e o menestrel, um fugitivo. O Alquimista então deu uma nova
ordem ao seu exército. Rumariam para Árane.
As águas de cristais subiram sobre
Tílitris, e caíram como chuva. O mal foi lavado em instantes. Tudo aconteceu
muito rápido, que não posso narrar à mesma velocidade. Após essa explosão de
cristais sobre a cidade, os moradores saíram de seus covis, e saudaram o
menestrel. O exército e o Alquimista não estavam ali. Certamente fugiram.
Leviatã tomou a administração imediata da ilha. E todos tinham o direito de
serem ouvidos agora e dizer o que quisessem.
Olívia procurou o menestrel naquela grande
festa. Ele estava acompanhando Leviatã, em um jogo de palavras e músicas com
vários artistas. Para chegar até ele, Olívia teria que atravessar uma enorme
avenida, foi caminhando com dificuldade. Esse era o momento de mencionar sobre
Árane. Ela subiu no obelisco, e pediu atenção. Estava com as roupas
esfarrapadas, e o menestrel silenciou a multidão para ela.
- Vim de Árane para pedir ajuda. Nossa
terra sobre com um ditador como vocês sofriam. Peço, por favor, ajuda.
Leviatã se levantou de um banco dourado
feito de conchas, que parecia uma montanha de jóias. – Olívia, as criaturas do
mar não podem chegar à Árane. Você, caso queira, pode trazer os áranes para cá.
A ilha é nossa, e de vocês. Mas nós nunca poderemos adentrar o Continente.
Olívia continuou a falar, a implorar, mas
a multidão também falava ao mesmo tempo, em opiniões contraditórias. E ninguém a
compreendia.
~
Daniela Ortega
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